Seu estudo levou o nome “Sou Mulher, Sou Gari” e tem por objetivo diminuir o preconceito carregado pelas mulheres que todos os dias vão às ruas deixá-las limpas para que a população usufrua de uma Goiânia mais higiênica. Aproximadamente 3 mil, dos 9 mil servidores da Comurg são mulheres. Essas trabalhadoras percorrem em média 3 mil e 600 metros lineares por dia, com jornada de 44 horas semanais, empurrando um carrinho com capacidade para 150 litros e que pesa 22 quilos quando está vazio.
A pesquisa busca retratar a alma feminina, saber o que ela representa para sua família e para a sociedade em geral. Também mostra como elas sobrevivem com o salário que ganham em suas funções. “Ao passar por uma gari, poucos sabem que elas são vaidosas e também estão cheias de sonhos e realizações pessoais com uma história de alegria e muitas conquistas”, afirma
Luciano tem a expectativa de que sua pesquisa mostre para a sociedade não só a importância do trabalho das garis, mas também que possa levar à reflexão quanto aos hábitos de discriminação e preconceito. Ele acredita que é uma oportunidade que pode levar a transformações, com humanização social, quebra de preconceitos e desmantelamento do machismo.
“Meu trabalho mostra um lado pouco conhecido dessas profissionais, contado por elas mesmas”, afirma Luciano. “Elas encaram esse trabalho com muita naturalidade, possuem vaidades por trás do uniforme e alcançam independência financeira ao longo da caminhada”, conclui.
Fonte:Diário de Goiás
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