Turma piloto terá 35 reeducandos do sistema prisional, que participarão das aulas de “Técnicas de Vendas” por dois meses
Os presos do regime semiaberto de Goiás poderão participar de cursos de qualificação profissional oferecidos pelo Governo. Medida foi decidida via protocolo de intenções do Termo de Cooperação Técnica entre a Diretoria-Geral de Administração Prisional (DGAP), Secretaria Estadual de Desenvolvimento (SED) e o Ministério Público foi assinado nesta semana pelo diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa Araújo, o secretário Tito do Amaral, e pelo promotor público Marcelo Celestino.
Conforme explica coronel Edson, a DGAP se responsabilizará pela segurança dos detentos, membros do projeto, professores e terceiros, além de oferecer a alimentação dos reeducandos nos horários dos cursos.
“Esta iniciativa será fundamental para colocar o sistema penitenciário na condição de oferecer cursos para detentos, ou seja, será uma preparação para que o preso quando retornar a sociedade, volte qualificado”, diz Edson, completando que se trata de um programa para ressocialização.
Tito Amaral, por sua vez, confirmou que a SED delegará às Organizações Sociais (OSs) contratadas pela rede Itego a operacionalização dos cursos, com a infraestrutura necessária, sobretudo espaço físico, equipamentos e recursos administrativos.
A superintendente Flora Ribeiro confirma que a turma piloto terá 35 reeducandos do sistema prisional, que participarão das aulas do curso profissionalizante “Técnicas de Vendas” por dois meses.
A escolha do curso se deve ao fato de o conteúdo ser dinâmico, com aulas interativas. Além disso, 96% dos entrevistados trabalharam como vendedor. A regência será do Centro de Soluções em Tecnologia e Educação (Centeduc), em Aparecida de Goiânia, onde se localiza a Casa do Albergado. As aulas acontecerão numa sala de aula da igreja Brasa Viva.
O promotor Marcelo Celestino reafirmou que esta parceria “é uma forma das pessoas deixarem a atividade criminosa e se reintegrar a sociedade”. Ele também disse que “é um grande avanço para Goiás”. Por fim, ressaltou que “a ideia é também ter uma política para avançar no regime fechado”.
O termo de cooperação técnica terá vigência de 12 meses após a assinatura, prorrogáveis mediante procedimento de avaliação. O projeto não envolve a transferência de recursos financeiros, cabendo a cada OS o custeio das despesas relacionadas às tarefas de sua competência.
Fonte;Jornal Opção
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