Secretaria de Saúde notificou 137.790 casos de dengue em todo o território goiano neste ano. Foram confirmadas 58 mortes pela doença e 68 seguem sendo investigadas
Por Lívia Barbosa
A combinação entre o período chuvoso e as altas temperaturas registradas em Goiás é a combinação perfeita para a proliferação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O alerta é da Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que destaca a necessidade de envolvimento da população com os cuidados em suas residências e locais de trabalho, eliminando possíveis focos do mosquito.
O coordenador de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores da SES-GO, Marcello Rosa, orienta que as pessoas devem manter uma vigilância no mínimo semanal em seus imóveis para identificar e eliminar possíveis locais que possam acumular água.
“Além dessa vigilância no dia a dia, é interessante associar com comportamentos adequados de descartar o lixo para o recolhimento por parte das prefeituras; manter caixas d’água, cisternas e fossas vedadas para evitar a entrada de insetos; lavar bebedouros de animais com água, sabão e escova; colocar areia em aparadores de vasos de plantas; manter ralos e vasos sanitários fechados; calhas e grelas sempre limpas; piscinas com tratamento adequado e quando em desuso vedadas ou vazias”, aconselha Rosa.
Ele explica que o mosquito Aedes se prolifera em qualquer época, desde que tenha água parada para colocar seus ovos e pessoas próximas para se alimentar de sangue. Porém, o que ocorre no período chuvoso é um aumento radical da infestação devido o lixo descartado inadequadamente em lotes baldios, praças, logradouros ou até mesmo nos quintais. Com as chuvas, esses recipientes acumulam água, logo em seguida os ovos eclodem e proporciona o desenvolvimento das larvas, que em menos de 10 dias se tornam mosquitos adultos.
Os cuidados básicos para evitar a proliferação do mosquito envolvem o descarte correto do lixo para a coleta pelas prefeituras, evitando que a água se acumule em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, garrafas. Também é preciso colocar areia nos vasinhos de plantas, vedar caixas d’água, tambores, latões, cisternas e desentupir calhas para evitar que a água se acumule e possa se tornar foco do mosquito.
Números da dengue
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) notificou 137.790 casos de dengue em todo o território goiano neste ano. No mesmo período do ano passado foram registrados 92.691 casos. No Estado já foram confirmadas 58 mortes pela doença e 68 seguem sendo investigadas.
De acordo com o Boletim Semanal de Dengue, as cidades de Goiânia (30.231), Aparecida de Goiânia (15.109) e Anápolis (12.882) concentram os maiores números de casos da doença. Os maiores coeficientes de incidência de dengue (número de casos por 100 mil habitantes), contudo, são verificados nos municípios de Turvânia, Campestre de Goiás, Caiapônia, Porteirão e Aparecida de Goiânia.
Fonte: Jornal Opção
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