quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Clima tenso--Briga pela presidência da UDN vai parar na Justiça. Lideranças lutam pela recriação da sigla

De um lado, há Marco Vicenzo. Do outro, Marcus Alves de Souza. Ambos autoproclamados presidentes de um mesmo partido que luta pelo renascimento
Marcus Alves de Souza (à esq) e Marco Vicenzo l Foto: Colagem
A recriação da União Democrática Nacional (UDN) no Brasil protagoniza certo imbróglio. Acontece que membros de duas diferentes “alas” do mesmo projeto dividem o anseio pela liderança da sigla. De um lado, há Marco Vicenzo. Do outro, Marcus Alves de Souza. Ambos autoproclamados presidentes de um mesmo partido que luta pelo renascimento.
Conforme apurado pela reportagem, o embate entre ambos já chegou na Justiça. Em setembro deste ano, Vicenzo registrou uma queixa-crime em desfavor de Marcus Alves de Souza. Nela, Vicenzo diz que Marcus se apresenta como legítimo presidente do partido político e argumenta que, na verdade, com ela Marcus “não mantém nenhum vínculo jurídico, fático ou histórico”. E completa dizendo que ele não pode “ostentar, com exclusividade , a denominação, sigla e símbolos partidários”.
Um dos ilícitos apontados por Vicenzo na queixa-crime diz respeito a uma juntada à uma petição onde Marcus o acusa, dentre outras coisas, de falsidade ideológica. Em outro trecho Vicenzo lembra que Marcus concedeu uma entrevista onde o adjetivou como “estelionatário”.
Vicenzo também destacou uma reportagem disponível no site da Revista Veja. Por meio dela foi destacado que o Marcus Alves teria procurado o 9° Distrito Policial de Guarulhos, em São Paulo, para registrar um boletim de ocorrência no qual acusa Vicenzo de falsidade ideológica e concorrência desleal. Em um trecho da entrevista publicada pelo veículo, Marcus teria afirmado que Vicenzo é um “impostor”.

Movimentação

Na última semana, o Jornal Opção mostrou que Vicenzo teria indicado um coordenador para a sigla — que sob a regência de Marco é intitulada de Nova UDN — no Estado.
Trata-se do consultor Neto Meneghello, de 28 anos. À reportagem ele garantiu que nove estados já estão em processo de formação de lideranças. Em Goiás, segundo ele, cerca de 40 pessoas trabalham na coleta de assinaturas e pregam a Nova UDN pelo Estado.
No entanto, há registros de que Marcus Alves de Souza também está trabalhando no mesmo sentido. A reportagem recebeu fotos de encontros liderados por Souza e, inclusive, de uma certidão registrada no Distrito Federal que o certifica como presidente da Diretoria Provisória da UDN. O documento foi protocolado em 1 de outubro de 2018. Veja:
Foto: Reprodução
A versão de Marcus Alves de Souza foi solicitada via e-mail. Assim que o posicionamento for disponibilizado a matéria será atualizada.
Vale lembrar que o partido foi fundado no ano de 1945 sendo considerado o primeiro de direita do País. Seus membros fizeram oposição direta a Getúlio Vargas e ao regime militar. Mais tarde, o partido foi fechado pelo regime militar juntamente a outras siglas no ano de 1965.
Fonte: Jornal Opção

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