sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Bancado pelos evangélicos e militares-- Bolsonaro escolhe filósofo colombiano para ministro da Educação

Ricardo Vélez Rodríguez é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército
O presidente eleito Jair Bolsonaro indicou quinta-feira, 22, o professor colombiano Ricardo Vélez-Rodríguez para ministro da Educação. Formado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana e em Teologia pelo Seminario Conciliar de Bogotá, Ricardo Vélez Rodríguez é professor associado aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele é mestre em Filosofia pela PUC-RJ e doutor em Filosofia pela Universidade Gama Filho. Fez pesquisas para o pós-doutorado no Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron, em Paris.
“Gostaria de comunicar a todos a indicação de Ricardo Vélez-Rodríguez, filósofo autor de mais de 30 obras, atualmente professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, para o cargo de Ministro da Educação”, disse o líder do PSL no Twitter.
Segundo o “Estadão”, Ricardo Vélez-Rodríguez tem o apoio da bancada evangélica. A bancada vetou o nome de Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna. Ele também é bancado por militares que acompanham Bolsonaro.
O filósofo dirige o blog Pensador de La Mancha. Ele disse que vai assumir o Ministério da Educação com o objetivo de “tornar realidade, no terreno do MEC, a proposta de governo externada por Bolsonaro de ‘Mais Brasil e Menos Brasília’”. No blog, comenta que o líder do PSL foi eleito porque representa a insatisfação dos eleitores contra os governos do PT. Ele frisa que foi sugerido ao presidente pelo filósofo Olavo de Carvalho.
Ricardo Vélez-Rodríguez, adepto da Escola Sem Partido, afirma que os brasileiros estão “reféns de um sistema de ensino alheio às suas vidas e afinado com a tentativa de impor, à sociedade, uma doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista, travestida de ‘revolução cultural gramsciana’, com toda a coorte de invenções deletérias em matéria pedagógica como a educação de gênero”.
O filósofo sublinha que a educação atual tem como objetivo “desmontar os valores tradicionais da nossa sociedade, no que tange à preservação da vida, da família, da religião, da cidadania, em soma, do patriotismo”.
No livro “A Grande Mentira — Lula e o Patrimonialismo Petista”, Ricardo Vélez-Rodríguez critica duramente o PT. O filósofo frisa que o petismo potencializou “as raízes da violência ao disseminar “uma perniciosa ideologia que já vinha inspirado a ação política do Partido dos Trabalhadores: a ‘revolução cultural gramsciana’”.
Um adversário de Bolsonaro fez o seguinte comentário ao saber que o presidente eleito havia escolhido um colombiano para ministro da Educação: “Depois de criticar o mais Médicos, Bolsonaro cria o Mais Ministros”.


Fonte;Jornal Opção

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