segunda-feira, 23 de julho de 2018

Alerta Taxa de mortalidade infantil--cresce no Brasil e acende alerta. Veja números de Goiás

Zika vírus e baixa cobertura vacinal são indicados como algumas das causas para o aumento no número de mortes de crianças menores de um ano
Foto – Divulgação








A taxa de mortalidade infantil voltou a crescer pela primeira vez desde 1990. O ano de 2016 registrou o mais alto índice dos últimos 26 anos e a tendência é de que a situação se repita nos registros de 2017 que ainda não foram concluídos.
A taxa de mortalidade infantil é definida como o número de óbitos de menores de um ano de idade por mil nascidos vivos. A principal causa para o aumento do índice apontada pelo Ministério da Saúde é o surgimento do Zika vírus e a sua relação com a microcefalia, doença que teve seu auge justamente em 2016.
Nessa época, o indicador nacional aintigiu 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, o que representa um aumento de quase 5% sobre o ano anterior.
Em Goiás, o crescimento no número de mortes de crianças menores de um ano foi mais tímido, mas não menos preocupante.  A taxa de mortalidade infantil registrada em 2014 era de 12,85. No ano seguinte o índice foi 12,23. Já em 2016 o número saltou para 13,02.
O sinal vermelho está ligado. Prova disso é que a A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou nesta semana uma nota pública em que pede o empenho das autoridades sanitárias no enfrentamento das reais causas para o aumento na taxa de mortalidade infantil do Brasil.
“A confirmação desse número aponta o encerramento um ciclo positivo de quase três décadas. A SBP tem se manifestado firmemente junto ao Ministério da Saúde e outros órgãos do Governo cobrando providências para melhorar a qualidade da assistência para crianças e adolescentes”, destacou a presidente da SBP, Dra. Luciana Rodrigues Silva.
Para a SBP, a epidemia de zika vírus e os efeitos da crise econômica no País sobre a população não podem ser considerados como os únicos responsáveis pela alta da taxa. “Não se pode ignorar fatores como a baixa cobertura vacinal e o risco de ocorrências de doenças infectocontagiosas (sarampo, meningite, tuberculose, sífilis congênita, dentre outros)”, diz a nota da Sociedade.

Fonte:Jornal Opção

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