terça-feira, 23 de janeiro de 2018

MPGO pede a interdição de presídio de Formosa


Promotor pediu ainda que a unidade seja demolida
por Ingrid Reis 
O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu nesta segunda-feira (22/12) a interdição total e imediata da cadeia pública de Formosa. Ação é proposta pelo promotor de Justiça Douglas Chegury que defendeu ainda a transferência dos presos para o novo presídio do município, cuja construção já foi concluída, e demolição da primeira unidade.
Ele apontou ainda que em uma recente inspeção realizada no local “foi constatada a situação desumana e absolutamente indigna em que se encontram os presos, literalmente depositados em prédio que não oferece as mínimas condições sanitárias e estruturais para cumprimento de pena”.
Dentre os principais problemas analisados estão a superlotação das celas, ausência de atendimento médico e odontológico, precárias condições de salubridade e iluminação, falta de higiene e ventilação. De acordo com o MPGO, as partes elétrica e hidráulica da unidade estão comprometidas, não existe espaço destinado a visitas íntimas e a comida servida está constantemente azeda.
Atualmente, o presídio de Formosa abriga 123 presos em regime fechado (9 mulheres e 114 homens) e 83 presos em regime semiaberto (81 homens e 2 mulheres), totalizando 206 detentos. Outros 75 presos cumprem pena em regime fechado na Casa de Prisão Provisória, em Goiânia. Ou seja, na comarca há um total 281 presos condenados (198 no regime fechado e 83 no semiaberto).
O magistrado pondera ainda que a paralisia do Estado frente à situação “ofende direitos humanos fundamentais e inalienáveis dos presos previstos em lei; não proporciona ao encarcerado as condições de reinserção social; e, ao contrário, os conduzem para a reincidência criminosa, na medida em que lhes retira a crença na justiça e nas autoridades públicas, as quais, elas próprias, não vêm cumprindo a lei”.
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Diário da Manhã


Nenhum comentário:

Postar um comentário