quarta-feira, 19 de abril de 2017

GIM ARGELLO PEDIU DINHEIRO À ODEBRECHT PARA CAMPANHA, DIZ DELATOR

EX-SENADOR PEDIU APOIO EM DISPUTA ELEITORAL QUE NÃO CONCORREU



GIM ARGELLO RECEBEU R$ 1,5 MILHÃO DA ODEBRECHT PARA A CAMPANHA ELEITORAL DE 2010, ANO EM QUE NÃO CONCORREU (FOTO: AGÊNCIA SENADO)

Gim Argello recebeu R$ 1,5 milhão da Odebrecht, entre julho e agosto de 2010, após pedir o apoio de Marcelo Odebrecht para a campanha eleitoral do mesmo ano, em que o ex-senador não concorreu. As informações foram dadas na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Claudio Melo Filho.

O ex-senador, apelidado de Campari nas planilhas da Odebrecht, fez ainda um segundo pedido ao ex-presidente da empresa, em 2014. Segundo o delator, Argello pediu ajuda para a campanha de senador. Desta vez, R$ 1,8 milhão foram repassados.

Do valor total, R$ 250 mil foram repassados para o PTB distrital, então legenda de Gim Argello; R$ 50 mil para a conta da candidatura; e o restante foi repassado pelo "Setor de Operações Estruturadas" da Odebrecht, setor de propinas da empreiteira.
Claudio Melo Filho declarou ainda que o ex-senador apresentou emendas favoráveis à Odebrecht no Senado. A defesa de Gim Argello nega as declarações.

Condenado

Desde abril de 2016, Gim Argello está preso no Complexo Médico-Penal, em Curitiba. O ex-senador foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. Por decisão do juiz Sérgio Moro, Argello foi condenado por pedir propina para as empreiteiras UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Andrade Gutierrez, Engevix Engenharia e Camargo Correa, para proteger e prevenir a convocação dos dirigentes para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras.

Além disso, o ex-senador ainda foi condenado por três crimes de lavagem de dinheiro pelo recebimento da vantagem indevida paga pela UTC Engenharia, OAS e Toyo Setal, por condutas de ocultação e dissimulação que lhe conferiram aparência lícita; e pelo crime de obstrução à investigação de organização criminosa. As penas somam 19 anos de prisão.

Fonte: Diário do Poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário