sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Na Câmara dos Deputados-- Votação do distritão é adiada; partidos sugerem retorno das coligações

Por Gabriela Macedo-- Foto: Câmara dos Deputados-- Plenário da Câmara dos Deputados
Para que possam valer em 2022, medidas precisam ser aprovadas até, no máximo, o começo de outubro deste ano – um ano antes das próximas eleições Reunião da comissão especial que analisa mudanças no sistema eleitoral, na Câmara dos Deputados, encerrou reunião de discussão do distritão no começo da madrugada desta quinta-feira, 5, sem votar o projeto. Caso aprovado, a proposta muda o sistema atual, de representação proporcional por partido, para um onde os deputados passam a ser eleitos independentemente do desempenho de sua respectiva sigla. Em julho, a relatora da matéria, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), sugeriu que fosse adotado o distritão nas próximas eleições, que ocorrem em 2022, mas que, para o processo eleitoral seguinte, passe a vigorar o distrital misto, que é a escolha de metade dos parlamentares por eleição majoritária e metade por proporcional. Apesar dos nomes parecidos, a eleição majoritária do distrital e o distritão possuem suas distinções, uma vez que, no primeiro, é eleito um candidato em cada distrito que é desenhado dentro do estado. Já no distritão, vencem a disputa todos os candidatos mais votados no Estado. Nas últimas semanas, Abreu chegou a elaborar um documento que alterava as eleições presidenciais. No entanto, a matéria foi descartada. Apesar de uma nova reunião da comissão especial estar marcada para às duas horas da tarde desta quinta-feira, 5, não há certeza se o projeto será ou não votado. Além de aprovação na comissão, a matéria provavelmente ainda precisará ser aprovada no plenário da Câmara dos Deputados. Proposta polêmica, o distritão divide opiniões. Para resolver as questões pontuadas pelos apoiadores do projeto quanto ao enxugamento de partidos, o PT, contrário ao novo sistema, chegou a sugerir o retorno das coligações nas eleições proporcionais. Isso, como uma forma de se manter o sistema atual. Ao fazer a nova proposta, o Partido dos Trabalhadores contou com o apoio de outros que não concordam com o distritão, como o PSD, PDT e setores do MDB e PSB. Alguns parlamentares do DEM também se mostraram favoráveis a debater o assunto. Com a intenção e evitar a mudança de sistema, os líderes devem tentar aproveitar o tempo que resta antes da votação para convencer integrantes do chamado Centrão a desistirem dessa alteração. Aqueles que apoiam o novo sistema, no entanto, demonstram pouca disposição em negociar. Apesar de terem sugerido a volta das coligações como alternativa para solucionar a problemática dos partidos pequenos e de diretórios pouco estruturados de grandes siglas, na dificuldade em conseguir candidatos, parlamentares temem que o retorno seja barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ou pelo Senado. O distritão, no entanto, também não tem tanta popularidade entre os senadores. Para que as novas medidas estejam em vigor em 2022, é preciso que sejam aprovadas até, no máximo, o começo de outubro deste ano – um ano antes das próximas eleições. Fonte: https://www.jornalopcao.com.br/

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